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domingo, 15 de setembro de 2013

Por que a FIV pode falhar!!!

Imagem retirada do site: www.mensagenscurtas.com

Como já disse sou a Mamysdream e este assunto estou trazendo de lá com cópia integral do post que eu fiz em 10 de junho de 2010!!!

Porque a FIV pode falhar!!!

Para muitos casais que passam por tratamentos de infertilidade, a FIV representa a última esperança para conseguir um filho. Muitos já passaram por outras tentativas sem sucesso de tratamentos de menor complexidade como o Coito Programado e a Inseminação Artificial, e, por isso, é muito frustrante para eles que depositaram todas as suas expectativas neste tratamento, ver que todos os esforços foram em vão. Tempo perdido, disciplina nos horários, injeções, ultra-som, dinheiro gasto, expectativa, ansiedade - a vida parou neste período - e não deu certo!!! Uma pergunta comum após o teste negativo é: Por que o embrião ou os embriões transferidos para o útero não implantaram? A resposta geralmente não é simples, mas algumas hipóteses devem ser avaliadas pois podem ajudar a esclarecer problemas menos freqüentes que ainda não foram pesquisados, mas ao serem diagnosticados poderão aumentar as chances nos tratamentos futuros. As causas do insucesso podem ser problemas com os embriões, útero-endométrio, endometriose e problemas imunológico.

Embriões
Um problema comum são as eventuais alterações cromossômicas do embrião que impedem a implantação, principalmente em mulheres com mais de 40 anos. Mesmo quando eles têm um aspecto próximo a perfeição no dia da transferência. Isto não significa que este será um problema repetitivo em todos os tratamentos, mas esta possibilidade deve ser considerada para se compreender que pode ter havido uma seleção natural do organismo materno que impediu a implantação do embrião não-saudável.

Outro problema é a espessura aumentada da zona pelúcida que é a membrana que envolve o embrião e que nestas condições atrapalha a implantação. Para este problema utiliza-se o "Assisted Hatching" um procedimento realizado pelo laser, que faz pequenas aberturas nesta camada ajudando na implantação. Esta técnica pode ser também utilizada em embriões fragmentados, retirando os fragmentos e melhorando seu potencial de implantação.

Útero-Endométrio
Normalmente a avaliação da cavidade uterina é feita antes dos programas de Fertilização in vitro, mas caso ainda não tenha sido feita, esta investigação poderá ajudar a afastar alterações como pólipos, miomas ou aderências que podem impedir a implantação dos embriões. O melhor exame para esta investigação é a videohisteroscopia (visibilização da cavidade uterina por um endoscópio) que além de diagnosticar as alterações citadas, pode identificar processos inflamatórios (endometrite) não reconhecidos em outros exames comuns. A biópsia do endométrio pode concluir esta hipótese e o tratamento com antibióticos resolverá o problema. Outro problema é a ausência de algumas proteinas no endométrio que facilitam a implantação dos embriões. As pacientes que tiveram endométrio fino durante a indução da ovulação, nas tentativas anteriores, poderão ser beneficiadas com o uso do hormônio estradiol, aspirina e outras drogas vasodilatadoras. Outras avaliações do endométrio poderão ser feitas num futuro próximo.

A dificuldade na transferência dos embriões muitas vezes causa traumas no endométrio e atrapalha a implantação do embrião, principalmente quando este ato for acompanhado de dor. A videohisteroscopia com a dilatação do colo ou simplesmente a dilatação do colo uterino isolada beneficia a próxima tentativa que, preferencialmente, deverá ser realizada com sedação. A transferência embrionária sob a visão do ultra-som traz benefícios ainda maiores, pois permite ao médico observar o trajeto do catéter em direção a cavidade uterina, bem como mostrar ao casal a localização exata da colocação dos embriões.

Endometriose
A associação da endometriose com a fertilidade tem sido alvo de discussão há muitos anos. Os debates em torno das proporções com que esta doença afeta a capacidade da mulher em ter filhos têm causado, por muitas vezes, um "vai e vem" nas condutas e tratamentos médicos. Todos os tipos e graus de endometriose podem influenciar a fertilidade, entretanto, freqüentemente o diagnóstico não é tão evidente e fica como última opção na pesquisa, entre outras causas de infertilidade. Em alguns casos esta demora pode ser causada pela inexistência de sintomas, ausência das queixas clínicas e falta de evidências laboratoriais dos exames de sangue e ultra-som endovaginal. Muitas vezes somente após passar um certo período, onde foram realizados tratamentos sem sucesso, é indicada a videolaparoscopia, que conclui o diagnóstico. A espera por este esclarecimento atrasa a concepção e prolonga o sofrimento do casal. A endometriose pode atrapalhar o resultado de gravidez mesmo nos programas de Fertilização In Vitro e por isto após a falha destes tratamentos esta possibilidade de diagnóstico deve ser avaliada, mesmo na ausência de sintomas.

Sistema imunológico
Os problemas imunológicos tem sido responsabilizados por alguns casos de insucesso na Fertilização In Vitro e abortos de repetição. Alguns autores acreditam que muitos casos de falha são, na verdade, abortos muito precoces que, após um período curto de implantação embrionária, que não chega a ser detectado nos testes de gravidez, não evoluem e são eliminados. Existem controvérsias a respeito deste tema, mas os resultados positivos após a terapia com vacinas têm nos encorajado a prosseguir este tratamento que deve ser indicado em situações especiais.

Cross Match: para que se entenda este exame é necessária a compreensão de que todo o ser humano possui a capacidade de rejeitar corpos estranhos e o embrião pode ser considerado como tal, pois traz com ele o DNA paterno que é estranho ao organismo materno. Entretanto, em condições normais, o organismo da mãe deve produzir um "anticorpo protetor" - chamada fração HLA-G - que protege o embrião contra este "ataque imunológico" e impede esta rejeição. Quando este “anticorpo de proteção” não é formado, os mecanismos de agressão imunológica seguem o seu caminho natural impedindo a gravidez ou mais tarde provocando o aborto. Esta imunização é realizada com o sangue paterno de onde são separadas as células brancas (linfócitos), também conhecida como vacina do marido. Após mais de 4 anos de estatística e experiência com pacientes, concluí-se que 3 aplicações de ILP com intervalos médios de 3 semanas são suficientes para sensibilizar a grande maioria das pacientes, e em torno de 30% dos casos necessitam de mais uma dose de reforço. Uma vez imunizada, a paciente permanece por volta de 6 meses sem a necessidade de novo tratamento, possibilitando assim durante esse período engravidar espontaneamente ou por métodos de fertilização caso seja necessário (fonte: RDO - Diagnóstico Médico).

Existem outros exames que avaliam fatores imunológicos e, junto com este grupo de exames, estão as trombofilias. São doenças pouco freqüentes e que provocam alterações de coagulação do sangue. Estas alterações não são detectadas em exames de sangue comuns, e quando existem, aumentam a chance de formar coágulos sangüíneos e causar tromboses mínimas capazes de impedir a implantação do embrião ou provocar abortos.

A presença destas alterações no sangue das mulheres sugere causas imunológicas ou trombofilias. Os tratamentos variam de uma simples aspirina infantil até medicamentos mais sofisticados como a heparina, corticóides e imunoglobulina injetável.

É fundamental salientar que esta tecnologia não representa garantia no sucesso para a obtenção da gestação e sim uma nova alternativa para aqueles que até o momento não tiveram sucesso em tratamentos anteriores.

Clique neste link para ver a matéria completa: "Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia"

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