Imagem retirada do Blog: http://fertilizacao.blog.br/
Como já disse sou a Mamysdream e este assunto estou trazendo de lá com cópia integral do post que eu fiz em 22 de abril de 2010!!!
FERTLIZAÇÃO IN VITRO - PASSO A PASSO!!!
Estimulação Controlada dos Ovários:
A estimulação controlada dos ovários tem por objetivo tornar o ambiente ovariano mais adequado ao crescimento folicular o que, potencialmente, melhora a qualidade dos oócitos. Com a estimulação dos ovários, vários folículos entram em crescimento, aumentando-se assim o número de oócitos por ciclo. (Para isso tomei a GONAL, valendo lembrar que a dosagem desta medicação varia de acordo com cada paciente... então nada de auto-medicação!!!)
Punção dos folículos ovarianos:
A punção dos folículos ovarianos, deve ser realizada no centro cirúrgico, com a paciente anestesiada. Com o auxílio de ultra-som de alta frequência, e um probe transvaginal com uma agulha acoplada, o médico introduz o probe na vagina, identifica o ovário e punciona os folículos. À medida que os tubos com o líquido folicular vão sendo obtidos eles são encaminhados para o laboratório adjacente à sala cirúrgica.
Classificação dos oócitos capturados:
Com o auxílio de um estereomicroscópio, o líquido folicular de cada tubo obtido no centro cirúrgico, é transferido para uma placa de meio de cultura e examinado à procura do oócito. Uma vez identificado, o oócito é transferido para outra placa contendo apenas meio de cultura, onde será classificado.
Inseminação dos oócitos e cultura in vitro:
Enquanto a paciente está no centro cirúrgico para ser submetida à punção dos folículos ovarianos, o marido colhe o sêmen por masturbação, em área anexa ao laboratório de fertilização in vitro. Após um período de liquefação, o sêmen é preparado por diversas técnicas laboratoriais de acordo com cada paciente. Com isto, os melhores espermatozóides serão selecionados. Neste momento, o laboratório está de posse dos dois gametas: o feminino que foi puncionado por via transvaginal e deixado em estufa de CO2 à 37o C e o masculino, colhido por masturbação e separado os espermatozóides mais competentes.
A incubação dos espermatozóides com os oócitos é feita numa estufa de CO2 a 5% e temperatura de 37o C, por um período de 12 a 18 horas.
Decorrido este período, ou seja, na manhã seguinte, os oócitos são examinados para verificar se foram fertilizados. Em boas condições laboratoriais e partindo-se de oócitos maduros e sêmen de boa qualidade, pode-se esperar que, pelo menos, 80% dos oócitos inseminados sejam fertilizados.
Transferência de embriões:
Atualmente, os embriões são transferidos em fase de clivagem (3 dias após a fertilização) ou no estágio de blastocisto (5 dias após a fertilização). Antes de serem transferidos para a cavidade uterina, independente da fase em que se encontram (3 ou 5 dias) eles são classificados.
Nesta classificação, que é apenas morfológica, são levados em consideração a velocidade de divisão celular, o número de blastômeros, a simetria e forma dos blastômeros, a presença ou ausência de fragmentação. Os embriões até o momento da transferência são mantidos em estufa de CO2 a 5% e temperatura de 37º C. É extremamente importante que a transferência seja feita na mesma área física onde se encontram os embriões, ou seja, junto ou dentro do laboratório. A transferência ocorre com a paciente em posição ginecológica.
Suporte de fase lútea:
Um suporte exógeno (Progesterona) da fase lútea é uma prática comum nos programas de fertilização in vitro. Isto é feito em decorrência da superovulação, que pode levar a uma alteração do ambiente endócrino, gerando uma necessidade de repor a Progesterona.
Admite-se que a necessidade do suporte na fase lútea deriva do fato que a incidência de defeitos da fase lútea está aumentada em mulheres que se submetem a estimulação controlada dos ovários e que a aspiração folicular pode prejudicar a esteroidogênese (produção de hormônios) por lesão das células da granulosa.
O uso de hCG como suporte de fase lútea é muito arriscado, pois pode propiciar a síndrome de hiperestímulo ovariano. Assim, é preconizado o uso de Progesterona para realizar o suporte.
Quanto à via de administração de Progesterona, preferimos a vaginal, pela comodidade e excelente absorção da medicação.
Resultados:
O resultado de um programa de fertilização in vitro depende fundamentalmente da idade da paciente. Quanto mais jovem (< 37 anos), melhores os resultados. A verificação da gravidez pode ser feita 12 a 14 dias após a transferência dos embriões, dosando-se a concentração de hCG no sangue. A taxa de gravidez por ciclo de fertilização in vitro é de 40 a 50%.
Considerações éticas:
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (Resolução 1358/92), devem ser transferidos para a cavidade uterina, no máximo 4 embriões. Com esta restrição, diminui em muito as taxas de gestações múltiplas, trazendo um benefício fundamental para as pacientes.
Buscamos sempre evitar gestações múltiplas, pois suas consequências são muito graves para a saúde dos bebês (que certamente serão prematuros) e da própria mãe (riscos de hipertensão, diabtes gestacional, rotura uterina, descolamento de placenta, hipotonia uterina etc). Assim, temos a cada dia transferido menos embriões a cada procedimento. Como exemplo geral, em pacientes com menos de 25 anos transferimos apenas um embrião; dois embriões em pacientes entre 25 e 30 anos; três em pacientes entre 30 e 40 anos e quatro apenas em pacientes com mais de 40 anos.
Materia retirada do site: http://www.bebedeproveta.net/fiv2.htm
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