O envolvimento com o mundo da fantasia pode interferir no sono e fazer seu filho despertar no meio da madrugada. Saiba como agir nessa hora - Patrícia Cerqueira
Noite em casa que tem criança é quase sempre um agito. Pais são despertados
no meio da madrugada com choros ou cutucões nos ombros e um aviso: "Acordei!"
Difícil encontrar uma família que não tenha relatos dessa experiência. No
primeiro ano do filho, são as conquistas como andar, falar, correr ou mesmo
pular que podem tirar o sono. Para os especialistas, a partir do segundo ano, o
principal motivo é o envolvimento infantil com o mundo da fantasia. "Os sonhos
ficam mais intensos, podem virar até pesadelos por conta da imaginação", afirma
a neuropediatra Márcia Pradella Hallinan. Em geral, nesses despertares, a
criança senta assustada na cama, grita ou chora, porque tem dificuldade em
diferenciar realidade de fantasia.
Desejo frustrado Mas nem sempre o que a criança sonha é algo traumático ou amedrontador, segundo a psicóloga e psicanalista Mira Wajntal. "Às vezes, o sonho pode provocar uma sensação desagradável levando ao despertar. É como se o corpo precisasse se defender desse sentimento desconfortável acordando", diz Mira.
O aprendizado de uma nova atividade, como andar de bicicleta ou ler, também pode agitar o sono. Outros motivos são mudanças importantes de rotina. Pode ser o nascimento de um irmão ou mesmo um dia especialmente cheio de atividades para a criança. "Às vezes, essas alterações provocam uma insônia temporária, mas que não é problema. Os despertares noturnos merecem atenção quando se tornam muito freqüentes, prejudicando a atividade diária da criança, e se acompanhados por outros sintomas, como apatia ou falta de apetite", alerta a professora de psicologia Isabel Kahn Marin. Mas o comportamento freqüente ainda pode estar associado a hábitos familiares. "Filhos de pais insones se identificam com os adultos e passam a dormir mal", observa a psicanalista Mira. Nesses casos, a criança tem prejuízos. "Enquanto ela dorme, ocorre uma intensa atividade cerebral, relacionada à retenção de imagens na memória, mecanismo que ajuda no aprendizado. Além disso, o sono ativa a produção do hormônio do crescimento, também responsável pela renovação celular do organismo", diz a neuropediatra Márcia.
Desejo frustrado Mas nem sempre o que a criança sonha é algo traumático ou amedrontador, segundo a psicóloga e psicanalista Mira Wajntal. "Às vezes, o sonho pode provocar uma sensação desagradável levando ao despertar. É como se o corpo precisasse se defender desse sentimento desconfortável acordando", diz Mira.
O aprendizado de uma nova atividade, como andar de bicicleta ou ler, também pode agitar o sono. Outros motivos são mudanças importantes de rotina. Pode ser o nascimento de um irmão ou mesmo um dia especialmente cheio de atividades para a criança. "Às vezes, essas alterações provocam uma insônia temporária, mas que não é problema. Os despertares noturnos merecem atenção quando se tornam muito freqüentes, prejudicando a atividade diária da criança, e se acompanhados por outros sintomas, como apatia ou falta de apetite", alerta a professora de psicologia Isabel Kahn Marin. Mas o comportamento freqüente ainda pode estar associado a hábitos familiares. "Filhos de pais insones se identificam com os adultos e passam a dormir mal", observa a psicanalista Mira. Nesses casos, a criança tem prejuízos. "Enquanto ela dorme, ocorre uma intensa atividade cerebral, relacionada à retenção de imagens na memória, mecanismo que ajuda no aprendizado. Além disso, o sono ativa a produção do hormônio do crescimento, também responsável pela renovação celular do organismo", diz a neuropediatra Márcia.
O que fazer?
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI2004-15161,00.html
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