Meu pequeno Arthur que tem apenas dois anos está passando por uma fase de sono conturbado... tivemos um diagnóstico inicial de "Terror Noturno" que abordamos em post anteriores... pesquisando sobre este assunto, pudemos perceber que apesar de preocupante, pode ser bastante natural neste período de vida... vou compartilhar com vocês a matéria da Revista Crescer que acalmou um pouco meu coração... o texto não é meu, sem dúvida, mas quando se trata de assuntos sérios não me acho no direito de publicar apenas as minhas considerações... tento dividir com vocês a opinião de pessoas que são profissionais no assunto, afinal qual o coração de mãe que não dói quando nos deparamos com situações nas quais não somos especialistas, não é???!!!... então vamos lá entender o porque do sono agitado dos nossos pequenos:
O envolvimento com o mundo da fantasia pode interferir no sono e fazer seu
filho despertar no meio da madrugada. Saiba como agir nessa hora -
Patrícia Cerqueira

Noite em casa que tem criança é quase sempre um agito. Pais são despertados
no meio da madrugada com choros ou cutucões nos ombros e um aviso: "Acordei!"
Difícil encontrar uma família que não tenha relatos dessa experiência. No
primeiro ano do filho, são as conquistas como andar, falar, correr ou mesmo
pular que podem tirar o sono. Para os especialistas, a partir do segundo ano, o
principal motivo é o envolvimento infantil com o mundo da fantasia. "Os sonhos
ficam mais intensos, podem virar até pesadelos por conta da imaginação", afirma
a neuropediatra Márcia Pradella Hallinan. Em geral, nesses despertares, a
criança senta assustada na cama, grita ou chora, porque tem dificuldade em
diferenciar realidade de fantasia.
Desejo frustrado
Mas nem sempre o que a criança sonha é algo traumático ou
amedrontador, segundo a psicóloga e psicanalista Mira Wajntal. "Às vezes, o
sonho pode provocar uma sensação desagradável levando ao despertar. É como se o
corpo precisasse se defender desse sentimento desconfortável acordando", diz
Mira.
O aprendizado de uma nova atividade, como andar de bicicleta ou
ler, também pode agitar o sono. Outros motivos são mudanças importantes de
rotina. Pode ser o nascimento de um irmão ou mesmo um dia especialmente cheio de
atividades para a criança. "Às vezes, essas alterações provocam uma insônia
temporária, mas que não é problema. Os despertares noturnos merecem atenção
quando se tornam muito freqüentes, prejudicando a atividade diária da criança, e
se acompanhados por outros sintomas, como apatia ou falta de apetite", alerta a
professora de psicologia Isabel Kahn Marin. Mas o comportamento freqüente ainda
pode estar associado a hábitos familiares. "Filhos de pais insones se
identificam com os adultos e passam a dormir mal", observa a psicanalista Mira.
Nesses casos, a criança tem prejuízos. "Enquanto ela dorme, ocorre uma intensa
atividade cerebral, relacionada à retenção de imagens na memória, mecanismo que
ajuda no aprendizado. Além disso, o sono ativa a produção do hormônio do
crescimento, também responsável pela renovação celular do organismo", diz a
neuropediatra Márcia.
O que fazer?
Dormir mal é diferente de despertar de madrugada. Se seu filho faz parte do
primeiro time, é importante investigar as causas com o pediatra. No outro caso,
basta acolher a criança e acalmá-la. "O único cuidado é acostumar o filho a
voltar a dormir sozinho na própria cama", ressalta a psicóloga Isabel Marin.
Para pais que ficam pouco tempo com os filhos, é um exercício difícil de ser
cumprido. "Assim, os pais correm o risco de tornar-se escravos de uma situação.
Além disso, não estão incentivando a independência da criança. Permitir que ela
volte a adormecer sozinha, talvez com a ajuda de um brinquedo ou outro objeto,
também significa lhe dar autonomia", conclui a neuropediatra Márcia.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI2004-15161,00.html
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